Um acontecimento trágico teve um final feliz, em São Bernardo. Na terça (26), após forte chuva com ventos, uma árvore tombou na rua Major Carlos Del Prete, no Centro, próxima a tradicional escola Terra Mater, e atingiu o veículo de um funcionário do estabelecimento, muito querido pelas crianças e mães, o Erandi Vieira, conhecido como Didi. O veículo não possuía seguro.
Então, algumas mães dos alunos da escola, sensibilizadas pelo fato ocorrido, se uniram para realizar uma “vaquinha” virtual, por meio de um site, e levantar fundos para compra de um novo carro para o Didi. O grupo de arrecadação foi denominado “Caranga do Didi”, por sugestão de Talita Margonari Lazzuri, mãe do aluno Luigi. “O Didi é uma pessoa muito querida e sempre, junto ao Marcão, recebem as crianças com muita alegria, carinho. Então, ninguém mediu forças para ajudá-lo. Foi um movimento que tocou todo mundo, todo mundo se prontificou em ajudar, isso uniu a escola, de uma maneira inesperada”, conta Talita.
Em poucos dias, as arrecadações não só atingiram a meta, mas, superaram o valor pretendido. As filhas de Sabrina Assanti, Carolina e Laís, foram duas das diversas crianças que participaram da doação, que contou com representantes de todas as salas da escola e até mesmo por ex-alunos já formados.
Segundo Tatiana Sanches Roeda, que possui dois filhos matriculados na escola, a iniciativa partiu das próprias mães, como forma de retribuir o acolhimento que recebem, com seus filhos, pela escola, especialmente pelo Didi.“Gosto muito da escola, ela nos oferece valores, conceitos, respeito, disciplina e muito estudo, respeitando a individualidade de cada um. Todos os funcionários são muito prestativos, nos acolhem, trazem amor para nós, pais, e aos filhos. Todos conhecem nossos filhos pelo nome, pela sua história. O Terra Mater trata os alunos como indivíduos não como um número”, disse.
As crianças também se sensibilizaram com o ocorrido. De acordo com Aline Ifanger Pendeza, mãe da aluna Lorena, vários alunos levaram moedas de seus cofrinhos para ajudar o Didi. “Minha filha até me pediu se poderia vender slime (o brinquedo que é um verdadeiro fenômeno das crianças), no condomínio para arrecadar mais fundos”, contou.