Nesta segunda (2), 3,5 milhões de alunos da rede estadual de ensino de São Paulo voltam às aulas para o 2º semestre. A nova fase é marcada pela ampliação da capacidade de atendimento das escolas, tendo como base as recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).
Assim, as escolas localizadas em municípios onde há autorização para o funcionamento presencial, passarão a atender os estudantes de forma presencial, de acordo com sua capacidade física, e não mais apenas seguindo a porcentagem de ocupação indicada no Plano SP, respeitando o distanciamento mínimo de 1 metro entre as pessoas. O ano letivo se encerra em 23 de dezembro para toda a rede.
“Vamos voltar com cuidado, atenção, respeitando a ciência e avançando na vacinação. Nossas escolas estão preparadas para receber as equipes e os estudantes em um ambiente seguro e seguindo todos os protocolos”, afirmou o secretário estadual da Educação Rossieli Sorares.
Caso a escola não tenha capacidade física de atender 100% dos alunos diariamente, dentro do distanciamento proposto, a unidade terá autonomia para definir a melhor forma de revezamento dos estudantes, de forma que o máximo de alunos sejam atendidos dentro das regras de saúde.
O uso de máscaras continua obrigatório dentro das escolas e também durante o percurso de ida e volta. Ao adentrarem nas unidades, todas as pessoas terão a temperatura aferida e, caso esteja acima de 37,5 graus, será orientado o retorno para casa. Os protocolos também incluem higienização frequente das mãos com água e sabão ou álcool em gel 70% e dos ambientes e ambientes arejados com portas e janelas abertas.
Todos os estudantes que não possuam atestado de comorbidade serão orientados a frequentar presencialmente a escola. Caso o estudante/família opte em permanecer apenas com as aulas remotas pelo Centro de Mídias e outras atividades propostas pela escolas, o responsável legal deverá comunicar por escrito a unidade e se comprometer a manter a frequência digital do aluno.
Todos os servidores da rede estadual voltarão às atividades presenciais, sem revezamento. Os que pertencem aos grupos de risco só irão retornar 14 dias após a aplicação da segunda dose ou da dose única da vacina contra a Covid-19. Os servidores e colaboradores que, por escolha pessoal, optarem por não se vacinar dentro do calendário local também deverão retornar.
Casos suspeitos e confirmados de Covid-19 de funcionários ou alunos que compareceram presencialmente deverão ser registrados no Sistema de Informação e Monitoramento da Educação (SIMED).
Os contactantes, ou seja, todas as pessoas dentro da escola que estiveram a menos de um metro do infectado por pelo menos 15 minutos, deverão ser identificados e também registrados no SIMED, devendo cumprir o isolamento conforme protocolo.
A investigação epidemiológica e determinação da interrupção temporária das atividades presenciais da turma, turno ou total da respectiva unidade escolar cabe à Vigilância em Saúde local.
ABC
As sete cidades do ABC também retomam as aulas presenciais, após o fim do recesso escolar de julho, seguindo o decreto do Governo do Estado, as escolas da educação básica podem retomar as aulas com até 100% da capacidade a partir do próximo mês, respeitando o distanciamento de 1 metro entre os estudantes.
Em Mauá, a volta às aulas presenciais foi iniciada nesta semana de forma gradual. Nesta segunda (2), a retomada ocorre em Santo André, São Bernardo, Diadema e Ribeirão Pires. Em São Caetano, a volta acontece na terça (3).
A rede municipal de ensino do ABC conta com 645 escolas, 200 mil alunos matriculados e 13 mil professores, além de outros 9 mil profissionais da educação.
O presidente do Consórcio Intermunicipal do ABC e prefeito de Santo André, Paulo Serra, destacou a importância do retorno das aulas presenciais para o desenvolvimento dos estudantes, seguindo protocolos de segurança contra o coronavírus.
“O avanço na vacinação e a melhora nos indicadores da pandemia possibilitam que a retomada das aulas presenciais, seguindo as medidas sanitárias para proteger alunos, professores e funcionários. A abertura das escolas nessas condições vai contribuir para garantir a aprendizagem e a manutenção da segurança física e mental de crianças e jovens”, afirmou Paulo Serra.
No ABC, a vacinação contra a Covid-19 já ultrapassa 2,167 milhões de doses aplicadas, com 75,1% da população adulta imunizada com pelo menos uma dose. Em queda, assim como os novos casos da doença e de óbitos, a ocupação de leitos de unidade de terapia intensiva (UTI) na região está em 45,2%.