O deputado federal Marcelo Lima (PSB), que teve seu mandato cassado, no início do mês de novembro, pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) por cinco votos a dois, por infidelidade partidária, se pronunciou, pela primeira vez após o ocorrido, nesta sexta (1) de dezembro, por meio de vídeo.
Lima atribuiu a perda do mandato ao PT e ao deputado federal Paulinho da Força (Solidariedade). “Fazer a diferença na política possui um preço alto e estou sentindo na pele o que é enfrentar o sistema no Congresso Nacional. O PT do Luiz Marinho e o Paulinho da Força se uniram e usaram de um jogo sórdido de influência e pressão para me derrubar. Inventaram uma bobagem em minha saída do Solidariedade só para transformar uma simples desfiliação com previsão legal em uma cassação de mandato parlamentar”, disse.
Também revelou que: “Não existe nenhuma corrupção ou qualquer outro crime. Eles conseguiram junto ao sistema apodrecido que atua no Centro do poder do País me cassar por uma simples mudança de partido, com previsão legal para tal”, garantiu.
O agora ex-deputado afirmou que o objetivo da cassação de seu mandato foi tirá-lo do Congresso e enfraquecer o seu projeto para São Bernardo e para o ABC.
Lima ainda destacou que não irá parar e recorrerá da decisão judicial. “Não paro. Vou continuar buscando reconquistar o mandato na justiça. Mandato que pertence a mais de cento e dez mil paulistas que votaram em mim. Vou continuar lutando, somando esforços com o nosso prefeito Orlando Morando por uma São Bernardo dos nossos sonhos. Longe do pesadelo da volta do PT e dos seus fantoches. Nunca para trás, sempre para frente”, disse.
Na quinta (30) de novembro, o deputado Paulinho da Força (Solidariedade-SP), primeiro suplente, assumiu a vaga deixada por Marcelo, na sessão do plenário da Câmara. Este será o quinto mandato de Paulinho da Força como deputado federal.
Cassação- O TSE (Tribunal Superior Eleitoral) decidiu, na terça (7) de novembro, por cinco votos a dois, pela cassação do mandato do deputado federal Marcelo Lima (PSB), eleito em 2022, por infidelidade partidária.
O voto pela cassação foi dado pelos ministros Ramos Tavares, Floriano Marques, Benedito Gonçalves, Cármen Lúcia e Alexandre de Moraes. Os ministros Nunes Marques e Raul Araújo votaram contra.
Lima foi acusado pelo seu ex-partido, o Solidariedade, de infidelidade partidária. A legenda alegou que o deputado utilizou a estrutura financeira e política da sigla para ser eleito, mas trocou de partido sem justa causa em fevereiro deste ano.
