Morando: “meu governo não será peça de marketing, será o que a cidade precisa”
Política

Morando: “meu governo não será peça de marketing, será o que a cidade precisa”

O candidato a prefeito de São Bernardo, Orlando Morando (PSDB), em entrevista exclusiva à Folha do ABC, afirmou que tem feito uma campanha baseada em propostas e soluções, pois “São Bernardo, hoje, clama por um gestor públi-co, alguém que possa estar preparado para uma cidade com tantos desafios”, disse. E que em sua coligação, “São Bernardo de Novas Oportunidades”, tem como vice-prefeito o vereador Marcelo Lima (SD), conta com o apoio, além do PSDB, de outros oito partidos (REDE, PEN, PHS, PMB, PRP, PRTB, PSC e SD), sendo 293 candidatos a vereadores.

Plano de Governo
Morando acredita que o primeiro desafio em São Bernardo será retomada do desenvolvimento econômico. “A cidade vem perdendo o protagonismo da cidade do emprego, da cidade do trabalho, se tornou quase que um ato comum uma empresa anunciar que está saindo de São Bernardo. Só nesse ano, já vimos a Bacardi deixar São Bernardo, a Conexel, a Grow, a Panex, a Mangels já deixaram a cidade, a P&G está indo embora também. A carga tributária do município é incompatível com a realidade do mercado”, justificou. O candidato acredita que a solução será a redução da alíquota, a criação de uma nova lei de incentivo fiscal. “Vamos cortar o desperdício do dinheiro público que temos na cidade, acabar com carro oficial, telefone corporativo, diminuição de secretarias e eficiência na máquina pública. Será criada uma controladoria para podermos monitorar os gastos”, afirmou.
A área de Saúde, para Morando é a segunda grande questão. “O prefeito Luiz Marinho tem feito uma saúde na cidade composta de parede e não de atendimento. Temos um Hospital de Clínicas que funciona com 20% da sua capacidade, uma rede de UPAs na qual o cidadão não se sente acolhido por ela, falta de remédios e um grave problema nas especialidades médicas”, disse. O candidato afirma que para um munícipe passar por uma consulta cardiológica, o tempo de espera é de dois anos; ginecológica, um ano; e ortopédica, o tempo de espera é maior ainda. “Vamos criar um tripé, chamado “Médico Rápido-Exame Fácil-Remédio Disponível”, essas coisas têm que funcionar em sintonia, que é onde vamos resolver grande parte dos problemas do primeiro atendimento, que é o que mais afoga o serviço público de Saúde. Colocar o Hospital de Clínicas para funcionar por inteiro e não está descartada a possibilidade em estadualizar um de nossos três hospitais e transformá-lo num modelo igual ao do Hospital Mario Covas”, pontuou.
Já a Educação, Morando afirma que foi muito boa na cidade, no período do governo do ex-prefeito e atual apoiador de sua campanha, Mauricio Soares (PHS). “O Ensino Infantil, na época do Mauricio, era uma das referencias no município e no Brasil, e hoje, a ineficiência e o despreparo da condução da secretaria de Educação impôs uma dura punição aos alunos da rede: uniformes sendo entregues em julho, um material escolar de péssima qualidade e redução na merenda das crianças”, disse. O tucano afirma que irá introduzir na cidade a escola de tempo integral, o segundo idioma na rede municipal de ensino e o programa “Creche 100%”, no qual, além de poder atender o déficit total, pretende zerar o déficit nas creches, que chega a seis mil vagas. “Para as mães que necessitarem, nós teremos creches aos sábados e no período de férias”, contou.
O candidato também assumiu o compromisso de concluir as obras inacabadas em São Bernardo. “Não vamos começar obras novas, sem acabar com as velhas. Temos corredor de ônibus para concluir, projeto Drenar, canalização do córrego Pindorama, escola no Jardim Calux, Av. Peri Ronchetti. A única exceção que vamos concluir, mas, alterar o objeto é o Museu do Trabalhador, onde vamos colocar uma Fábrica de Cultura”, revelou.

Segundo turno
Questionado sobre quem preferiria enfrentar no segundo turno, Morando, afirmou que é muito cedo. “Precisamos concluir o primeiro ainda. Mas, estou preparado para ganhar a eleição, seja com quem for, porque tenho certeza que a população de São Bernardo enxergará na minha candidatura as melhores propostas e acima de tudo, a verdade”, disse.
O candidato ainda afirmou que “ninguém é dono do voto do eleitor e que quero levar à cidade uma campanha baseada em propostas e soluções. O cidadão não está disposto a ficar nessa discussão político-partidária, ele quer saber quem pode fazer mais em menos tempo, com mais eficiência. Esse é o desejo que tenho na disputa eleitoral, proposta, compatível, possível de ser executada e o mais importante, meu plano de governo não será peça de marketing, não será um livro de fantasias, será uma peça real de acordo com que a cidade precisa”, revelou.