O prefeito de São Bernardo, Orlando Morando, na sexta (9), embarcou para Buenos Aires, com objetivo de prestigiar a posse do presidente eleito da Argentina, Javier Milei, que ocorreu no domingo (10). Foi o único prefeito do ABC que esteve na posse.
Na ocasião, por meio de vídeo postado nas redes sociais, Morando justificou a ida à capital argentina, que foi feita com recursos próprios, sem o uso de dinheiro público, pela importância das relações bilaterais, que o Brasil mantém com a Argentina, mas principalmente São Bernardo. “Muito do que produzimos é exportado para nosso país vizinho, em especial na nossa cidade: carros, caminhões, ônibus e outros produtos”, disse.
O prefeito contou ainda que foi convidado por Jorge Macri para, também, participar de um evento em Buenos Aires, e fortalecer a relação entre as cidades de São Bernardo e de Buenos Aires. Jorge Macri é primo do ex-presidente da Argentina Mauricio Macri e o novo prefeito de Buenos Aires.
À Folha, Morando revelou, com exclusividade, que, no sábado (11), participou de jantar para convidados no Hotel Faena, em Buenos Aires, junto a Jorge Macri, além de empresários e políticos.
E no domingo (10), o prefeito contou que assistiu a posse de Milei, na Bolsa do Comércio, onde foi instalado um telão, junto a deputados e aos governadores, de São Paulo, Tarcísio de Freitas; de Santa Catarina, Jorginho Mello, e do Rio de Janeiro, Cláudio Castro. “Foi uma oportunidade de estar entre os principais líderes políticos e empresariais da Argentina”, revelou.
Sobre o clima nas ruas para a posse de Milei, Morando disse que não estava em tom comemorativo. “O clima não era festivo, não havia clima de comoção nas ruas”, disse. Apesar disso, afirmou que a posse traz esperança. “A posse do novo presidente traz esperança para a Argentina retomar o seu protagonismo, que se perdeu com anos de um governo de esquerda, que deixou o país degradado e com uma inflação de 140%”, destacou.
Sobre o discurso de posse, Morando comentou: “Milei revelou que irá tomar as medidas necessárias para reverter esse grave quadro e adiantou que o começo será difícil. Todo mundo terá que colaborar e ele deverá cortar subsídios para evitar com que o país gaste mais do que arrecade”.
