Mudar, como?
Opiniao

Mudar, como?

11/02/12

As mudanças são necessárias para a harmonização do ser humano na Terra. Mas, o que se vê por aí é a grande dificuldade que as pessoas têm para mudar seus padrões, seu temperamento, seus gostos e tendências. Daí tanta gente infeliz por querer mudar o mundo para que se adaptem a elas: as outras pessoas, seus pares no trabalho, seus parentes, seus amigos, filhos, pais, cônjuges, namorados. Não mudam! Aposto com você, leitor, que é muito raro alguém fazer o outro mudar.
Assim, casamentos mil se desfazem a todo momento, ou não se desfazem aparentemente, mas fica um gostinho de fel no dia a dia de um casal que não se ama. Ao se casar pensavam que tudo seria um conto de fadas, que “ele” mudaria, que “ela” mudaria. O tempo passa e ninguém mudou nada do que o outro desejaria e esperava. Claro que toda mãe e todo pai quer que seus filhos se casem e dêem continuidade ao núcleo familiar que leva seus nomes. Afinal, nos dias de hoje, um casal é uma força no contexto perigoso de violência que as noites, nas grandes cidades, apresentam. Os pais não dormem enquanto os filhos não chegam da escola ou dos passeios, e, saber que seu filho ou filha estão acompanhados por pessoas idôneas, noivos, namorados, que tomam conta uns dos outros, é um alívio. Portanto, desde pequeninos, conversem bem com seus filhos sobre “a vida, como ela é”. As estorinhas de princesas são da imaginação, fictícias. Se seus  filhos crescem sabendo distinguir “o bem do mal”, nua e cruamente, ele /ela não se deixará enganar sobre o caráter da pessoa que ama ou pensa amar. Digam com clareza as questões sobre “sexo e amor”, sobre “casamento”, “sexo e paixão” e sobre “namoro”, antes que os filhos saibam de modo deturpado, de todas estas coisas através dos meios de comunicação abundantes e repletos de atitudes e contextos que levam a uma vida desastrosa, às vezes, impossível de ser refeita.
Quantas vezes os pais tentam alertar os filhos sobre os costumes negativos ou o temperamento agressivo dos namorados/as e ouvem um “não se meta na minha vida, eu gosto dele/a assim!”
Até você esperar para ver se vai haver mudança para melhor no genro/nora, já estará descortinado um contexto de vida não mais a dois, mas a três ou quatro, pois seus netos virão. Os que mais sofrerão serão mesmo os pais/avós, que sofrem por todos e já enxergavam, sem poder fazer nada.
Abrir os olhos de seus filhos, com clareza e honestidade, ainda na adolescência, no começo dos pen-samentos de romances, da procura do amor da nova geração que aí está, será de  grande valor e a “prevenção sempre foi o melhor negócio”, convenhamos! Até!

Glorita Caldas é professora e consultora da LAC Consultoria, e-mail: glocaldas@uol.com.br