Muitas faces, muitas mentiras! Redes Sociais
Opiniao

Muitas faces, muitas mentiras! Redes Sociais

09/02/13

Começo este papo com vocês, leitores, não desmerecendo o uso das redes sociais, sem preconceitos sobre os modernismos, mas trocando idéias com vocês sobre o sério assunto: Redes Sociais. Elas põem à disposição de qualquer um e de todos, o escancaramento do que pretendem e do que são ou não,  seus usuários. Como as incríveis “calças jeans”, as quais abrangeram a sociedade como um todo democrático, igualando, com sucesso, pessoas de todas as condições financeiras e culturais, pelo uso unânime, das geniais calças compridas, que se usam nas festas, no trabalho, em casa, mudando apenas o estilo das blusas e camisas, na adequação correta ao ambiente. Assim, as redes sociais são a “coqueluche” do momento. Milhões de usuários ficam o dia todo conectados, transformando os seus perfis em verdadeiros diários, onde colocam absolutamente tudo que acontece (e também o que não acontece) em suas vidas, querendo mostrá-las, como que em uma vitrine virtual. Acontece que a maioria das auto informações são, na verdade, um conto de carochinhas, de fadas, da imaginação. Este tipo de exibição diária e exagerada, é própria daqueles que alimentam expectativas em relação ao público, à crítica, a aplausos. As redes sociais manifestam demais, traços das personalidades dos usuários, ávidos de projeção social. Muitos já chegaram ao ponto de se viciarem nelas, querendo estar sempre sob os holofotes das centenas, milhares de amigos de rede. E, sobre esta representação pública de autoimagem, sempre haverá mentirosos, embusteiros, crédulos, céticos “sanos” e insanos. Ao relatar, com textos e fotos, sobre o sucesso absoluto que são suas vidas, nos âmbitos profissionais, familiar, social e amoroso, as pessoas acreditam mesmo, convencer todos os colegas de rede, sobre as experiências que eles gostariam de ter vivido ou de um modelo de vida atraente que eles idealizam para si mesmos, mas não têm. Muitos usuários mendigam as repercussões que causam em quem lê, e quase que imploram aquela ligeira apertadinha de tecla dizendo que “curtiu”, que concordam com o que lêem! Ah! “a plateia virtual”. Claro que é gostoso reencontrar amigos antigos e saber como andam suas “faces” no presente, mas… Na minha opinião, a  maioria dos frequentadores de redes sociais têm uma necessidade muito maior de mostrar felicidade, do que de ser felizes de fato. Não aceito, todas as semanas, os muitos convites que me fazem para aderir e compartilhar. Sinceramente, prefiro compartilhar com vocês, meus queridos leitores, por este artigo semanal. Paz! Até!

Glorita Caldas é professora e consultora da LAC Consultoria, e-mail: glocaldas@uol.com.br