O caminho é feito passo a passo, basta escolher para onde seguir
Opiniao

O caminho é feito passo a passo, basta escolher para onde seguir

João era um pai de família, casado que beirava os 50 – empresário e palestrante. E também era sucedido pessoalmente. João acordou naquela manhã enquanto sua esposa e filhos dormiam, ele preparou o café, tomou um banho, deixou a casa em ordem e foi trabalhar. Na sua empresa, cumprimentou a todos, preencheu alguns relatórios, deu telefonemas, assinou contratos, fez uma reunião e disse à secretária:
– Por favor Fátima, me confirme a palestra de hoje à noite naquela faculdade, sim?
E então, João foi à sua casa almoçar. Depois de uma hora retornou à empresa, a secretária confirmou a palestra e também lhe entregou relatórios financeiros, de modo que João percebeu que o faturamento da empresa vinha subindo nos últimos meses. Reuniu-se, pois, com os departamentos mais importantes e lhes comunicou o anúncio de subsídio salarial para todos na companhia. E disse que se a empresa continuasse naquele ritmo, haveria premiações para os colaboradores e a participação de lucro aumentaria no final do ano. João não era apenas dono de uma empresa, ou um executivo, acima de tudo tinha uma qualidade no mundo corporativo que poucas autoridades possuem: Líder.
À noite foi para a faculdade dar sua palestra sobre liderança motivacional e, no final, um aluno questiona: -Sr João, o que fez do senhor ser uma pessoa de tão bom caráter pessoal e profissional? Ele suspirou, pensou em sua família e respondeu:
– Meu pai era um bêbado, chegava em casa, batia na minha mãe, falava palavrões, não dava atenção aos filhos e quando minha mãe faleceu, eu fugi de casa na intenção de que não era aquele exemplo de pai que eu queria para mim. Aos 14 anos fui procurar trabalho, bati na porta de inúmeras empresas até começar como office-boy numa delas, então nunca mais parei. Eu tenho um irmão gêmeo, perdi o contato com ele, mas imagino que vive da mesma forma.
Em outro Estado, do outro lado do país, um rapaz chamado Marcos havia recusado um emprego de ajudante de mecânico oferecido por um amigo, de maneira que perambulava já há algum tempo pelas ruas a trajar roupas velhas e sujas. Seu andar cambaleante denunciava que a bebida era uma companheira fiel. Marcos era facilmente encontrado nos bares da cidade, cujo álcool era patrocinado pelas gorjetas que as pessoas davam. Certa feita o mecânico o encontra num boteco: – Sempre bebendo, né? Por que você faz isso? Eu já tentei te ajudar, ofereci emprego e você recusou. O que está acontecendo em sua vida amigo? Marcos estava nos primeiros goles, portanto ainda sóbrio disse:
– Olha, acho que foi minha família. Meu pai era um bêbado, chegava em casa, batia na minha mãe, falava palavrões, não dava atenção aos filhos e quando minha mãe faleceu eu fugi de casa aos 14 anos. Consegui um emprego numa firma e lá fiquei noivo de uma moça, mas a relação não deu certo, saí da firma, e no primeiro bar fui afogar minhas mágoas, conheci pessoas que usavam drogas e estou mendigando até hoje. Eu tenho um irmão gêmeo, perdi o contato com ele, mas acho que está vivendo da mesma forma.
Nossa vida não é um livro que já vem escrito. Nós o criamos página a página a depender da história que queremos para nossa obra.

“Não conheço nenhum vitorioso que um dia não tenha sido derrotado”, Paulo M. Bernardo – professor e palestrante motivacional.