O ensino e a pandemia
Opiniao

O ensino e a pandemia

Em tempos de Coronavírus, inúmeros especialistas em Educação têm abordado preocupante tema.
Estudantes de todo o mundo foram afetados com o fechamento de Escolas e Universidades. A pandemia do Covid-19 deixará marcas profundas que afetarão a curto prazo a saúde mundial, a economia, a educação, o relacionamento pessoal, a administração de órgãos públicos e privados, prestação de serviços, e todos os meios de produção.
A Educação Básica – ensino fundamental e médio – sofrerá fortes desafios pedagógicos.
Recente editorial do “Estadão” nesse sentido,  retrata bem o assunto quando ressalta a preocupação sobre a reposição de refeições nutritivas, aliviar a carga horária dos pais, e  o suporte emocional às crianças.
O afastamento social nos conduzirá ao desenvolvimento de novas estratégias de comunicação virtual.
O ensino sofre as consequências do isolamento decretado pelas autoridades, com Colégios e Universidades fechadas.
Mas, conforme afirma o especialista Roberto Lobo em seu artigo, “as crises são as mães das oportunidades”.
Porém, fato importantíssimo a considerar, quase 100% dos estudantes da Classe A têm acesso às redes sociais, mas nas classes D e E, são apenas 40%.
Essas medidas exigem flexibilizar dispositivos de internet às comunidades vulneráveis, muito embora, o telefone celular nestas camadas sociais (D e E), está presente em 84% dos domicílios, e rádio e TV, 96% nas residências brasileiras.
O Ensino à Distância, presente no Ensino Superior mais fortemente nos últimos 4 anos, apresenta também limitações nesses momentos, onde Faculdades e Universidades tiveram suas rotinas afetadas pela crise.
Vários campi fechados, afastando professores, alunos e alojamentos estudantis também com portas fechadas.
Atividades de ensino e projetos de pesquisas oferecem alternativas em lançar cursos on line em caráter de emergência, quando para essa modalidade de ensino, não há tradição.
EAD, na Educação Básica ou Superior apresenta vários problemas: falta de material didático preparado antecipadamente, tecnologia nas Instituições, acesso limitado à internet em algumas regiões, estudantes e até professores que não possuem tablets ou notebooks.
Mas, grande parte do Ensino Superior privado já vem adotando a EAD em suas atividades regulares de ensino de forma bastante acentuada.
Porém, a Educação à Distância é ainda para a maioria dos aluno do Ensino Superior, o Plano B de quem já concluiu uma graduação, ou não pode, ou não quer estudar presencialmente.
O pesquisador americano em Educação Eric Hanushek afirma “que o investimento em capital humano e a qualidade de suas escolas no último século, foi um dos principais fatores para o crescimento econômico dos Estados Unidos”.
Que assim seja no nosso Brasil!