O gravíssimo problema da escolaridade
Opiniao

O gravíssimo problema da escolaridade

Tal problema se desdobra em vários outros. Vejamos um deles: em um estado longínquo brasileiro, um prfessor normal consegue que seus alunos no 4º ano do Curso Básico leiam e escrevam o mínimo razoável. Qual o segredo?
Os entendidos notam que tais alunos aprendem porque são disciplinados e ouvem as explicações do professor. São bons alunos porque antes de qualquer coisa são crianças educadas.
Aí está o nó da questão da escolaridade, dificilmente de ser atingido até mesmo em longo prazo. Isso porque, por força das circunstância da atual conjuntura, a grande maioria das famílias não pode exigir disciplina dos seus filhos.
O ritmo da economia global, que resulta no consumismo em virtude do mercado ter se apropriado da tecnologia, interfere diretamente na gravíssima realidade escolar. Daí a conclusão que é realista, mas também pessimista: como alterar este quadro? Ainda não temos a resposta.
Outro aspecto, quando se fala em ecolaridade, seria uma verdadeira revolução pedagógica. O importante para o futuro não é adquirir conhecimentos, teorias ou conclusões, meramente intelectuais, mas antes de tudo, metade da atividade escolar deveria ensinar o caminho do bem viver.
Ensinar que Geografia não é somente o estudo de acidentes geográficos e que História não se resume apenas a fatos cronológicos: a soma destes dois itens poderia auxiliar na busca por uma interpretação do bom destino da humanidade.
Cuidar do corpo, bem como desenvolver a sensibilidade, no reinado presente da ética e da estética, são valores fundamentais para a educação na sociedade atual.
Daí porque me recordo agora de uma máxima, um pensamento transcedental do grande filósofo Kant, que resume todo seu encantamento em uma única frase: “o que importa é a beleza da estrela no céu e a lei moral no coração”.