O turismo espacial é um pequeno passo no caminho para as estrelas
Opiniao

O turismo espacial é um pequeno passo no caminho para as estrelas

O turismo espacial sonha com os passeios nas estrelas. Há grande número de oportunidades interestelares além de viagens de voo para os ricos. Já há, inclusive, quem pense, como Elon Musk, em “safaris celestiais”. Ou até em garimpagem de materiais preciosos em asteroides.
Veja agora o que pensa a Virgin Galactic. Se você tem US$ 250.000 sobrando e não sabe o que fazer com eles, aqui vai uma sugestão: invista-os em uma viagem nos limites da atmosfera. Aliás, a estréia desse tipo de viagem será nesta semana, no chamado mercado público da Virgin Galactic.
Para muitos, pode parecer algo de interesse limitado. No entanto, embora o turismo espacial possa ser ridicularizado e considerado frivolidade, do ponto de vista dos negócios é um nicho na indústria espacial – em sua maior amplitude, e, mais do que isso, em rápido crescimento. Tratada adequadamente, a comercialização do espaço poderá evoluir muito e trazer benefícios generalizados.
Para o fundador da Virgin Galactic, Richard Branson, esse setor “abrirá espaço para todos – e mudará o mundo para sempre”. Estas são palavras ousadas para uma empresa que oferece aposta na vaidade dos ricos. A resposta do mercado à IPO (Initial Public Offering) ou Oferta Pública Inicial, entretanto, foi muito diferente da expectativa: na sexta-feira as ações foram negociadas em baixa, com queda superior a 15 por cento, em relação à cotação em sua abertura segunda-feira.
Aliás, a Virgin Galactic registrou no ano passado um prejuízo líquido de US $ 138 milhões, mas diz que será rentável em 2021 — desde que os voos comecem, até lá.
Há razões para os aspirantes a viajantes espaciais, e investidores, para serem cautelosos. O lançamento dos voos foi adiado por longo tempo: Sir Richard havia previsto originalmente que seus clientes estariam no espaço há mais de uma década. Além disso, a indústria de voos espaciais como um todo precisa provar seu histórico de segurança também.
A Virgin Galactic teve que enfrentar o desastre que desintegrou um de seus veículos de teste em 2014, num acidente que matou o piloto e atrasou os testes. Um outro eventual grande acidente que venha a envolver clientes poderá impedir o setor de decolar.