Olho humano supera a tecnologia da câmera do telescópio Hubble
Opiniao

Olho humano supera a tecnologia da câmera do telescópio Hubble

As câmeras fotográficas digitais mais avançadas tentam reproduzir (e até superar) as características do olho humano. Mas, até hoje, não conseguiram. Na realidade, os cientistas buscam na natureza a fonte de inspiração para suas maiores e melhores invenções.
A câmera fotográfica mais sofisticada já criada pelos cientistas foi instalada no Telescópio Espacial Hubble, em fins de 2008, para ampliar a vida útil do telescópio. Seu nome: Advanced Camera for Survey (ACS), maravilha tecnológica que custou US$ 76 milhões (sim, 76 milhões de dólares) e que foi projetada para fornecer novas indicações sobre a origem, evolução e o destino do universo.
Do tamanho de um refrigerador doméstico e com peso de 383 quilos, a câmera ACS utiliza três canais espectrais especializados de visão, cobrindo não apenas a faixa das cores visíveis, mas também a do ultravioleta e do infravermelho, com altíssima resolução.
Compare a ACS com o olho humano
Nossa visão é, a rigor, resultado da interação de 40 subsistemas ópticos, que incluem a pupila, a íris, a lente incrível do cristalino, a córnea, o humor aquoso, o humor vítreo, a retina e o nervo óptico. No fundo do olho humano há 137 milhões de células especiais sensíveis à luz.
Cada célula emite informações para seu cérebro, que tem uma área específica (o córtex visual) destinada à visão ou reconhecimento de imagens e cores. Mas, curiosamente, cerca de 130 milhões daquelas células só percebem imagens em preto e branco – e apenas 7 milhões, que têm o formato cônico, são capazes de detectar as cores.
A retina recebe todas essas informações ou impressões luminosas e as encaminha ao cérebro, onde os impulsos elétricos são processados e nos dão a sensação de imagens, cores, contrastes, profundidade e – incrível – sua identificação. Por apenas um detalhe, identificamos uma pessoa, objeto, planta ou animal.
Imagine se tivéssemos uma câmera fotográfica ou cinematográfica com esses recursos. Será que um dia chegaremos lá?