Recentemente participei de uma live no canal do meu amigo Paulo Ramirez, que também faz parte do grupo Plantar Hoje para Colher Amanhã, para falar de um tema essencial: a arborização e a mudança climática.
Baseado no Plano Municipal de Arborização Urbana, que está sendo finalizado pela Prefeitura de Santo André para ser encaminhado ao Legislativo, a cidade segue o curso do plano de metas Santo André 500 Anos para ampliar de 40 para 60 mil o plantio de árvores nos próximos 15 anos.
Ainda que a chamada macrozona seja 62% coberta pelo verde, o que não deixa de ser um privilégio, é cada vez mais premente a arborização na zona urbana por conta da mudança climática, que apresenta transformações significativas nos padrões de temperatura e clima nos últimos tempos.
As pessoas amam as árvores até o momento em que causam algum empecilho no cotidiano. São inúmeros os pedidos de podas de árvores, substituição e cortes. Mas, não basta o replantio simples e imediato, até porque cada espécie tem o seu período de crescimento.
O Plano é mais abrangente e leva em consideração vários critérios para a arborização. O objetivo é não repetir os erros do passado e evitar, por exemplo, que os galhos invadam casas, quebrem calçadas e enrosquem na fiação elétrica. Dos 40 mil que a cidade possui, 14 mil são inadequadas, de acordo com o estudo do Departamento de Manutenção de Áreas Verdes (DMAV). Então, primeiro será feito um diagnóstico das árvores já existentes em vias da área urbana.A priori serão contempladas as espécies nativas da Mata Atlântica, mas dependerá de cada localização.
Hoje os bairros mais arborizados são Valparaíso, Casa Branca, Vila Scarpelli, Alpina e Paraíso. Os locais menos arborizados são a Vila Luzita, Parque Gerassi, Jardim Santa Cristina e Cata Preta. As espécies mais comuns são uva-japonesa, ligustro, sibipiruna, ficus e ipê-amarelo.
Muitas pessoas que vivem na área urbana desconhecem a macrozona. Porém, dentro da zona urbana conhecem os parques, orgulho número um dos andreenses. Santo André possui 11 parques e duas unidades de conservação que ajudam a reduzir a amplitude térmica e a poluição; aumenta a umidade relativa do ar; atenua ruídos; protege o solo contra a erosão; abastece o lençol freático; e diminui o escoamento superficial das águas das chuvas.
Portanto, é importante esse olhar focado para a natureza.
