Preço do salmão já acumulou alta de 58,6% entre janeiro e abril
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Preço do salmão já acumulou alta de 58,6% entre janeiro e abril

Apenas nos quatro primeiros meses do ano, o preço do salmão subiu 13,7% para o consumidor no Brasil, de acordo com o IPCA, superando a inflação do período (3,25%) e se aproximando rapidamente da variação do ano passado de 20,5%. Na Ceagesp de São Paulo, o maior centro comercializador de pescados do País, o preço do salmão acumulou alta de 58,6% entre janeiro e abril deste ano e está sendo negociado a R$ 37,89 o quilo no atacado, no caso do produto de melhor qualidade.

O mercado reage ao problema ambiental que tem afetado o Chile, principal fornecedor de salmão para o Brasil. Há uma grande proliferação de algas tóxicas nas áreas produtoras do País, desequilíbrio associado ao aumento da temperatura do mar, em decorrência do fenômeno climático El Niño. Especialistas do setor estimam que a produção chilena deva recuar até 25% este ano, e permanecer inalterada em 2017. A Noruega, outra fornecedora de salmão ao Brasil, também enfrenta problemas com doenças em sua produção. Com essa combinação, segundo analistas, a produção mundial poderá apresentar queda de 10% a 15% nos estoques mundiais do peixe em 2016.