O Sistema de Avaliação de Rendimento Escolar do Estado de São Paulo (Saresp) divulgado no mês de junho, mostrou que 57% dos alunos termi-nam o ensino médio com rendimento fraco em matemática.
Igualmente os números do Programa Internacional de Avaliação de Alunos (PISA) mostraram que o desempenho em matemática pelos jovens com idade de 15 anos, listaram o Brasil na 57ª posição em um grupo de 65 países. Já nos primeiros lugares sobressaíram-se China, Cingapura e Hong Kong.
Estranha-se que se aponte o brasileiro como já nascendo com ojeriza pela matéria. Essa intolerância à matemática necessita ser combatida.
Se o objetivo é a produção de ciência e tecnologia, acompanhando o crescimento do País, a reforma deve ocorrer primeiramente, nas classes das universidades que formam os futuros professores do País.
O desafio se inicia na formação dos professores que ministram aulas para o ensino fundamental 1. No Brasil, os professores do 1º ao 5º ano são polivalentes uma vez que são responsáveis por todas as disciplinas e não específica por alguma e poucos estudando exatas.
Já no ciclo 2 do ensino fundamental, cujas aulas são para estudantes do 6º ao 9º ano há um outro problema: é formado como professor, tem conteúdo porém lhe falta didática. Ele atende os alunos que acompanham a aula e os outros ficam parados, é o que afirma a consultora pedagógica para a área de matemática da Fundação Victor Civita, Priscila Monteiro.
Segundo consta, a reforma deve ocorrer primeiro nas classes das universidades que formam os futuros professores do País.
Em agosto, o Instituto Alfa e Beto (IAB) promoverá um seminário internacional sobre o tema, para professores e coordenadores pedagógicos e irão discutir a forma do ensino; o material pedagógico; qual o tempo de aula ideal; se decora, ou não tabuada, é o que afirma que irá fazer o Presidente da IAB.
Para que brasileiro goste da disciplina matemática, a mudança deve começar na sala de aula das faculdades que formem os futuros professores.
Uma outra questão é sobre a baixa remuneração paga aos professores que não atrai os profissionais e muitos optam por trabalho em outros setores.
A criança aprende a falar sem muito esforço, entretanto matemática deve ser ensinado por aquele que possui bastante conhecimento pois é matéria que muitos têm dificuldade em assimilar.
Baseados no texto de Ocimara Balmant-Especial para o Estado de São Paulo (6/6/2011)