Quatro forças em sinergia
Opiniao

Quatro forças em sinergia

13/10/12

Nestes tempos de profundas mudanças, os maiores desafios que as empresas enfrentam nas áreas de TI (tecnologia da informação) e de telecomunicações são quatro forças convergentes que atuam simultaneamente no cenário econômico: mobilidade, redes sociais, computação em nuvem e internet.
Para os especialistas, elas são chamadas de nexus das forças e representadas no jargão internacional por quatro palavras em inglês: mobile, social, cloud e information. Na realidade, essas forças definem praticamente o futuro das empresas. Em especial, quando as corporações compreendem o poder e o impacto dessas alavancas tecnológicas e utilizam sua sinergia, traduzida no poder conjunto da mobilidade, das redes sociais, da computação em nuvem e do potencial incrível da internet.
O papel de cada uma dessas quatro forças na vida das empresas é cristalino para os novos executivos. A mobilidade amplia as possibilidades de acesso ao maior número de pessoas, ou seja, de clientes. E nunca é demais enfatizar que as pessoas são seres móveis. As redes sociais, por sua vez, estimulam novos comportamentos e novas aspirações. As empresas precisam aprender a utilizar bem o Facebook, o Twitter, o Linkedin e outras redes sociais.
O terceiro fator, conhecido hoje como computação em nuvem – ou, simplesmente, nuvem – permite a obtenção de novas formas de serviços e aplicações. A nuvem está transformando-se no maior repositório de conteúdos virtuais do planeta. Por fim, a internet, que fornece novos contextos às empresas e às pessoas, como informação universalizada e instantânea.
Vale lembrar que o mundo vive a era pós-PC, caracterizada, principalmente, pela mobilidade e pelo uso crescente de dispositivos móveis, como tablets e smartphones. Nesse novo cenário, os dispositivos móveis permitem às pessoas acessarem conteúdos e aplicações praticamente a qualquer hora e em qualquer lugar.
Todas as transformações que ocorriam em passado recente eram identificadas como resultado da evolução dessas quatro poderosas forças, mas vistas de forma isolada e independente. Hoje, o comportamento das pessoas transforma-se no centro de convergência, com dispositivos cada vez mais inteligentes e conectados.

Para onde vamos?
As ferramentas tecnológicas de gestão continuarão a expandir-se e a ampliar seu alcance. Esse tipo de tecnocentris-mo abre novas possibilidades para o design centrado no ser humano. As pessoas se tornarão, cada dia mais, consumidores sofisticados, e se transformarão em cocriadores de tecnologia e de conteúdo. Mais ainda: elas poderão compartilhar e acelerar suas experiências e preferências.
Todos esses avanços, entretanto, não se realizarão sem complexidade crescente. Isso decorre exatamente da natureza da evolução tecnológica. Para o usuário, ao contrário, as coisas se tornam sempre mais simples e mais alinhadas com seus propósitos.

Foco no homem
Poucos especialistas mostraram tão bem quanto o professor Donald Norman, da Universidade da Califórnia (em San Diego), o que significa a tecnologia centrada no ser humano (human-centered technology). Entre seus principais livros estão: O Design das Coisas do Futuro e O Computador Invisível.
O professor Norman diz que o ciclo de vida das novas tecnologias, das empresas e de seus produtos precisa mudar, à medida que eles passam da juventude para a maturidade. O consumidor quer e espera que a tecnologia seja invisível, oculta da visão dos usuários. Isso ocorre, também, com toda a tecnologia embutida nos smartphones e nos tablets, por exemplo, que se tornam sempre mais fáceis de usar, ou users friedly.

Os interessados podem obter mais informações e inscrever-se pelo site http://www.gartner.com/technology/symposium/br/index.jsp ou pelos telefones (011) 3074-9724 e 3073-0625.

Ethevaldo Siqueira, colunista do Estadão (aos domingos), é jornalista especializado em telecomunicações e professor universitário, e-mail esiqueira@telequest.com.br