Quem é a mulher que comanda a GM? (II)
Opiniao

Quem é a mulher que comanda a GM? (II)

“Para chegar ao topo de qualquer instituição, a mulher tem que vencer muito mais barreiras do que os homens. E, depois de alcançar a cúpula das grandes corporações, a mulher executiva continuará a enfrentar novos obstáculos, simplesmente para manter-se no topo da administração empresarial. E terá que enfrentar resistência ainda maior se quiser introduzir inovações ou mudar as estratégias comprovadamente obsoletas e ineficazes”.
Esse cenário, contudo, parece mudar significativamente, de modo a oferecer maiores chances à ascensão da mulher no mundo corporativo. Essa abertura de espaço talento e às qualidades femininas é, sem dúvida, cada dia maior, em todas as áreas da atividade humana.
Para não entrar em polêmicas políticas ou ideológicas, não analiso aqui o grupo mais diferenciado de mulheres que ocupam – ou que ocuparam – cargos de liderança política como Angela Merkel ou Margaret Thatcher. Até porque, nem sempre, essas mulheres chegam por mérito próprio ao posto máximo dos governos de seus países.
Muito diferente são as razões que explicam o sucesso e o número crescente de mulheres que chegam hoje o topo da administração em empresas gigantescas.
O tema me fascina tanto que não perco as palestras dessas super executivas em grandes eventos, como fiz no CES 2016 e numa dúzia de outros eventos similares. Ao ouvir líderes como Mary Barra e Gini Rometty, fico pensando se as mulheres não seriam, por natureza e por desafios de vida, muito mais capazes e mais eficientes do que os homens – em muitos aspectos e situações.
Em minha visão, tudo fica muito mais claro quando fazemos um pequeno balanço dos desafios e vitórias das mulheres ao longo da história. Do ponto de vista da Antropologia, a humanidade não teria chegado ao ponto em que chegou sem a contribuição da mulher – seja na geração dos filhos, na proteção da prole, na organização da casa e da família, na invenção da agricultura, assim como em sua inestimável contribuição à educação e à transmissão do conhecimento de geração em geração.
Assim, por nascer num mundo muito mais desafiador e até hostil, a mulher tem que desenvolver qualidades que, em geral, o homem não tem ou não consegue desenvolver. Enquanto o homem se comporta à maneira ateniense, a mulher tem que vencer à moda espartana, pelo desafio, pela coragem, pela persistência, pela luta permanente – mas sem perder a doçura, a sensibilidade.
Acredito que, além das qualidades naturais da mulher – como sensibilidade e na intuição – são essas circunstâncias hostis do mundo, ainda dominado pelos interesses masculinos, que as motivam e as levam a superar todos os obstáculos na carreira executiva.
Viva a mulher!