Renasce a esperança
Editorial

Renasce a esperança

Jair Bolsonaro foi empossado presidente da República, na terça (1). Em seus discursos, Bolsonaro fez alusão aos temas mais comuns de sua campanha eleitoral, como a defesa dos valores morais, restaurar e reerguer a Pátria, combater a corrupção, a irresponsabilidade econômica, a submissão ideológica; a ideologia de gênero; construir uma sociedade sem discriminação ou divisão; a valorização a família, respeito às religiões, resgatando a esperança dos compatriotas. Apesar de o período eleitoral ter sido marcado por ofensas, acusações e ataques à Bolsonaro, que seria homofóbico, racista, intolerante, ditador, etc.
Mas, antes do término da cerimônia oficial, alguns sinais já demonstravam o que poderíamos esperar da posse. Os carros que levavam a comitiva do presidente eleito possuíam placas com o prefixo PAZ, sugerindo uma possível mensagem por trás dos veículos. A primeira-dama Michelle Bolsonaro, quebrou o protocolo oficial, discursou em primeiro lugar, antes do marido e presidente, demonstrando que as mulheres terão, durante o governo de Bolsonaro, não só voz, respeito e consideração, mas, participação efetiva. Michelle surpreendeu ainda, pois discursou em Libras (Língua Brasileira de Sinais), expressando, com a ajuda de uma tradutora, que tem um chamado em seu coração para ajudar as pessoas que mais precisam, a comunidade surda, às pessoas com deficiência e os que se sentem esquecidos: “vocês serão valorizados e terão seus direitos respeitados. Tenho esse chamado no meu coração e desejo contribuir na promoção do ser humano”. O discurso de Michelle foi inédito na história do País e muito emocionante, em especial, para o público feminino, que compõe a maioria da população brasileira.
De tão surpreendente, Michelle foi, no ge-ral, bem elogiada pela grande mídia. Já os discursos de Bolsonaro sofreram ataques de parte da mídia e dos analistas políticos. Alguns os classificaram como ‘atos de campanha e não atos de governo’, deram conselhos que ele ‘deveria descer do palanque e colocar os pés na realidade’, pois o ‘discurso populista é comprovadamente incapaz de assegurar bons resultados que o País demanda’.
Porém, os leitores que assistiram por quase quatro horas a cerimônia de posse, puderam sim, enxergar uma esperança nas palavras que foram ditas.
Bolsonaro começou, em ambos discursos, dizendo que “é com humildade e honra que se dirige a todos como Presidente do Brasil”, que convoca cada um dos Congressistas para ajudá-lo “na missão de reestruturar e reerguer a Pátria, libertando-a, definitivamente  do jugo da corrupção, da criminalidade, da irresponsabilidade econômica e da submissão ideológica”, que irá unir o povo, valorizar a família, não deixando que “ideologias nefastas venham a dividir os brasileiros. Ideologias que destroem nossos valores e tradições, destroem nossas famílias, alicerce da nossa sociedade”.
O presidente eleito ainda falou sobre seu compromisso com uma sociedade livre da discriminação ou divisão, que montou uma equipe técnica, ‘sem o viés político que tornou nosso Estado ineficiente e corrupto’, que realizará reformas estruturais para a saúde financeira.
Talvez, para todos os brasileiros, sejam simpatizantes de bandeiras azuis, vermelhas, ou de qualquer outra cor, ouvir um discurso assim, chega a cair como uma luva, pois é exatamente o que precisamos, neste momento. Se nosso presidente irá cumprir sua palavra e assegurar os bons resultados que o País demanda ninguém sabe, mas, como brasileiros, só poderemos torcer e bastante para que tudo dê certo. Afinal, todos nós estamos, dentro e juntos, neste imenso barco chamado Brasil.