Retalhos
Opiniao

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Corrida urbana
A jamanta passou ao lado do carro e estragou a lateral do mesmo. O dono do veículo tinha comprado o carro há cinco dias, e a transferência do seguro do carro antigo para o novo demoraria uma semana. O carro novo agora possuía a lateral esquerda avariada. O rapaz de 24 anos ficou furioso a ponto de sair em busca de uma satisfação com o caminhoneiro. A perseguição utilitário-cegonha teve início, e foi quando a jamanta entrou na Imigrantes é que o moço do carro, então, pisou fundo e conseguiu alcançar o caminhão, ao que, numa manobra digna de Miami-Vice, o carro dá um cavalo de pau e pára na frente do monstruoso veículo. O caminhoneiro freia, desce do caminhão e questiona na maior cara de pau: -O quê foi que eu fiz? -Pô… você não viu não é… olha pro meu carro, e agora, como é que ficamos? –Faça o que você quiser, o caminhão não é meu e eu só trabalho pra empresa de transportes. No fim das contas a transportadora pagou um terço do estrago e o dono do carro novo pagou o restante, já que faltavam dois dias para o seguro vingar.

Carteirada
O advogado pôs o carro no estacionamento e foi almoçar sábado à tarde num restaurante. O convênio entre restaurante/estacionamento só cobria 30 minutos. O advogado apanhou o veículo prontamente após meia hora. Eis que o funcionário do estacionamento diz: -Passou de meia hora, vai ter que pagar. -Espere aí, retrucou o rapaz. -Quando eu cheguei aqui, você estava tomando café na sua cabine, você demorou dois minutos para sair, e eu vou ter que pagar? -Não quero saber, excedeu o tempo. -NÃO! Esbravejou o advogado. -Não vou pagar e vou chamar a polícia e dizer que esse ato caracteriza posse indevida de bens. -Ah é… que seja, então! O moço, pois, pegou o celular, começou a discar 190 e, antes mesmo que um oficial pudesse atender, o funcionário do estacionamento concluiu: -Quer saber garoto? Pegue seu carro, saia daqui e nunca mais apareça.

Motoqueiro trombadinha
-A bolsa! A bolsa! Vai, passa logo! E o motoqueiro saiu em disparada. A pobre menina era uma maquiadora em início de carreira, e ficou parada no meio da rua a chorar assustada. Ao virar a esquina, o ladrão pára a moto, olha dentro da bolsa e vê uma porção de maquiagem, de modo que ele pegou os pertences mais valiosos, rodou mais um pouco até um rio bem sujo e se desfez da bolsa que, para ele, muitas coisas dentro dela não tinham valores; retornou ao ponto onde a moça se encontrava, pois percebera que ela ainda estava a lamentar-se sem policiais por perto. Aproximou-se e perguntou-lhe: -Você quer sua bolsa de volta? -Sim onde está? Retrucou de modo amedrontado. -Tá lá no rio onde joguei, vá lá buscar se quiser, pois o celular e o dinheiro ficam comigo. E saiu tal qual um raio.

 

“Não seja empurrado pelos seus problemas, seja conduzido pelos seus sonhos” – autor desconhecido