Tema que tem sido motivo de muitas considerações através das Associações das Instituições de Ensino, as próprias escolas públicas e privadas, pais, autoridades e especialistas em educação, é o retorno às aulas, além da imprensa falada e escrita.
Segundo dados, a volta às aulas pode representar uma ameaça potencial para mais de 9 milhões de brasileiros.
São os idosos e os adultos com problemas de saúde que vivem nas mesmas casas em que moram crianças e adolescentes em idade escolar ( 3 aos 17 anos ) e que, até agora, estavam em isolamento.
“Recomenda-se que os Estados e Municípios devam oferecer aos pais informações necessárias para os cuidados que devem passar a adotar em suas casas, pois, se isso não for feito, muitos pais se sentirão inseguros frente à decisão de retomar os estudos presenciais dos filhos”, afirma Christovam Barcellos, sanitarista e Vice-Diretor da Fiocruz.
Temos aproximadamente 12 milhões de alunos da educação infantil incluindo o ensino profissionalizante, e mais de 1 milhão de professores.
No ensino público e particular as salas terão apenas 35% de ocupação.
Como proceder aos protocolos na escola?
Evitando intervalos conjuntos de várias salas de aula e alimentação em cantinas das escolas.
E na sala de aula, como fazer?
Sérgio Cimermann, infectologista, sugere escalonar os jovens a virem em dias alternados com regime à distância; inserir uma barreira mecânica de acrílico entre as carteiras, a fim de manter o distanciamento; deixar portas e janelas abertas para entrada de ar com maior frequência; na entrada da escola, aferir temperatura.
Portanto, as dificuldades me parecem enormes neste retorno às aulas mesmo que programado e gradual.
Quanto ao Ensino Superior, aulas à distância e plataformas digitais são mais palpáveis, considerando que inúmeras faculdades e universidades já adotam esses métodos há alguns anos, notadamente nos últimos quatro.
Porém, a Educação à Distância é ainda para a maioria dos alunos do Ensino Superior, o Plano B de quem já concluiu uma graduação, ou não pode, ou não quer estudar presencialmente.
Mas, e os professores ?
Os professores estão apreensivos com a volta às aulas.
Deverão passar por novo treinamento com questões sanitárias e trabalho pedagógico, pois, como dissemos, o retorno acontecerá com 35% do alunado, lembrando que a outra porcentagem dos alunos estará em casa.
Segundo o psiquiatra Daniel Martins de Barros, os profissionais da educação, estarão entre os mais afetados e sob intenso estresse, pois tiveram que se travestir de youtubers, transformar lousas em telas, giz em mouse, alunos em público, e importante, sem o devido treinamento.
Agora, é chegada a hora destes professores, coordenadores, secretários, diretores e demais profissionais da área entrarem nesta batalha, pois, até agora, todos os profissionais de saúde exerceram com louvor e galardia seus papéis nesta pandemia.
Em países, exemplos em educação, mostram que o professor é fator determinante para o ganho de aprendizagem do aluno, principalmente para os mais vulneráveis, assim como, países que colocaram a educação em primeiro lugar neste momento, estão se saindo muito mais fortalecidos.
