25/01/14
Santa Catarina investe hoje em pesquisas avançadas em nanotecnologia, com a participação da Fundação CERTI, de Florianópolis, juntamente com o conglomerado Empresas de Nanotecnologia do Tecnópolis e líderes de Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), de um conjunto de universidades catarinenses, entre as quais, a Universidades Federal de Santa Catarina (UFSC), Universidade do Estado de Santa Catarina (UDESC), Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC).
A coordenação das pesquisas está a cargo da entidade API.nano (Arranjo Promotor em Nanotecnologia), uma rede de cooperação empresarial cujo objetivo principal é dinamizar as interações entre indústria e academia para alavancar o desenvolvimento da nanotecno-logia em Santa Catarina e no Brasil.
O API-nano é uma rede cooperada é composta por membros de empresas fornecedoras de nanotecnologias, empresas usuárias de nanotecnologias, grupos de pesquisa, institutos de ciência, tecnologia e inovação, agentes de desenvolvimento e instituições governamentais.
O processo para aderir ao API.nano é voluntário, mediante um convite formal. A rede dispõe hoje de 68 membros que trabalham com pesquisas de nanotecnologia para têxteis, metalurgia, resinas, corantes, cerâmicos, alimentos, nutrição animal, biomedicina, medicina, setor odontológico, cosméticos, construção civil e aspectos legais. O secretário executivo da API.nano é o professor Leandro Berti, doutor em nanotecnologia pela Universidade de Sheffield, na Inglaterra.
Grandes indústrias nacionais e multinacionais como a Weg, Coteminas, Malwee, Marisol e Ciser também aderiram à iniciativa. O projeto catarinense inclui também empresas locais, que crescem rapidamente, como a Nanovetores, TNS, T-cota e Dentscare e desenvolvem soluções sustentáveis e responsáveis com nanotec-nologia para empresas como L’Oreal, Du-blauto, Hering, O Boticário, Natura, DSM, Whirlpool e outras.
O API-nano do Polo Tecnológico da Grande Florianópolis foi implantado no dia 13 de junho de 2013, em evento realizado na Universidade Federal de Santa Catarina. O projeto, que reúne aproximadamente 20 grupos de pesquisa em nanotecnologia e dez empresas, busca propiciar atividades conjuntas entre seus membros e promover ações voltadas para o desenvolvimento do setor em Florianópolis.
Apesar de ser uma iniciativa recente o API.nano vem conquistando o reconhecimento e apoio do governo federal, bem como de parceiros em todo o Brasil. Recentemente os Ministérios de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) e entidades como a CCGE e ABDI, encomendaram à Fundação CERTI através do API.nano a organização do III Workshop Nanotecnologias: da ciência ao mundo dos negócios, que foi o evento mais importante de nanotecnologia do governo, e reuniu em novembro de 2013 em Florianópolis na sede da FIESC mais de 300 profissionais, investidores e representantes da universidade e do governo, para debater temas sobre nano nas áreas têxtil, saúde humana e saúde animal, metal mecânica e aplicações de grafeno.
Ethevaldo Siqueira é jornalista especializado em telecomunicações e professor universitário, e-mail esiqueira@telequest.com.br
