São Caetano realiza Congresso em Telemedicina
Saúde

São Caetano realiza Congresso em Telemedicina

São Caetano promoveu o 1⁰ Congresso em Telemedicina, Inovação e Tecnologia em Saúde. O evento teve início na sexta (12) com a participação de diversos especialistas, entre eles a secretária nacional de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, a deputada federal Adriana Ventura, autora da lei que autoriza a prática de telemedicina, o prefeito José Auricchio Júnior e a secretária municipal de Saúde, Regina Maura Zetone, proferiram palestras e debate sobre com o tema “A Saúde Digital como política pública”.

Segundo a secretária nacional de Informação e Saúde Digital, Ana Estela Haddad, as consultas médicas online ficaram mais populares na pandemia e, hoje, um dos grandes desafios para a expansão do serviço de telemedicina é integrar todas as iniciativas ligadas à área e que foram desenvolvidas na época da pandemia. “Temos iniciativas em todo o país. Principalmente depois da pandemia, que o uso do digital se intensificou. Muitas experiências começaram a se desenvolver pela necessidade e, justamente pela necessidade, muitas não foram suficientemente planejadas antes. Agora temos o esforço de mapear, fazer um inventário, um levantamento de tudo o que está acontecendo, para poder integrar as experiências para maior efetividade”, afirmou Ana Haddad.

A secretária ainda comentou que o Brasil já tinha experiência, há mais de uma década, na área telemedicina. “Desde 2006, o Brasil tem o programa Telessaúde Brasil, do SUS. O grande ponto forte do país é ter um sistema público de acesso universal como o SUS, que nos permitiu testar e desenhar um modelo de telessaúde aplicado ao modelo assistencial”.

Ana Haddad comentou que, em 2014, o país recebeu um reconhecimento da Organização Panamericana de Saúde como modelo de sucesso. “Começamos com as teleconsultorias na Atenção Primária, na estratégia Saúde da Família. O profissional recebia uma segunda opinião conforme o caso que ele estava atendendo. Então, a cada duas teleconsultorias, passou a evitar a referência de um paciente para outro serviço. Isso amplia a questão da humanidade e diminui custo”, revela a secretária.

 A deputada Adriana Ventura revela que o momento é de cuidado, para avaliar os dados que o país tem em relação à telemedicina e, em seguida, é o momento de expandir o acesso a quem não tem. “Hoje, na Inglaterra, a primeira consulta é virtual. A chamada ‘virtual first’. O paciente faz primeiro a consulta virtualmente, para depois passar em consulta presencial e levar os exames para o médico. Isso gera uma rapidez no atendimento e dará qualidade ao SUS.

O secretário executivo de Saúde do Estado de São Paulo, Sergio Yoshimasa, comentou sobre a importância do evento e como o governo do estado pode ajudar na expansão da telemedicina. “O que é importante num evento como esse é conseguir alinhar município, Estado, Governo Federal, legislativo e a universidade. Estamos no momento de consolidação desta política. Durante a pandemia, fizemos porque fomos obrigados a fazer, mas agora precisamos unir esforços. Teremos em agosto um grande evento liderado pela secretária Ana Haddad onde iremos reunir esses três entes para podermos consolidar uma política que possa realmente entregar para população aquilo que a gente precisa”, afirmou.

O congresso continua, neste sábado (13), com a participação de outros especialistas na área, entre eles Luana Araújo, do Centro de Estudos de Políticas Públicas do Hospital Albert Einstein. Entre os temas que serão abordados estão os desafios na capacitação profissional de saúde no ambiente de saúde digital e os desafios para o avanço com adoção de tecnologias no setor público.