Setor de chocolates gera 8,5 mil empregos temporários
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Setor de chocolates gera 8,5 mil empregos temporários

Este ano será a terceira Páscoa ainda com cenário de pandemia. As indústrias de chocolate e os consumidores já se adaptaram as diferentes formas de compra e consumo. Ubiracy Fonseca, presidente da Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Amendoim e Balas), em entrevista exclusiva, comentou sobre a mudança de comportamento do consumidor, a geração de empregos temporários para a Páscoa deste ano, os desafios do setor e o que o consumidor por esperar da Páscoa 2022. Confira:

Folha do ABC – A pandemia no Brasil teve início em fevereiro de 2020. Uma data bem próxima à Páscoa. Quais foram os principais desafios? O setor estava preparado para o e-commerce

Ubiracy Fonseca –  Com a chegada da Covid-19 e consequentemente do isolamento social todas as empresas associadas se reestruturam rapidamente e investiram ainda mais em seus canais de venda online, parcerias com marketplaces e aplicativos de entrega para venda de seus produtos.

Folha – O senhor acredita que teremos outra Páscoa digital este ano?

Ubiracy – Vale ressaltar que o varejo tradicional ainda é um dos canais mais relevantes para a indústria. O novo perfil do consumidor prioriza o conforto, rapidez e o cuidado no recebimento do produto. Os consumidores têm se mostrado mais independentes e decididos, muito inclusive pela mudança de comportamento que vem ocorrendo, principalmente, por conta da pandemia. Ele hoje sabe utilizar muito bem o ponto de venda físico juntamente com o e-commerce e os serviços de delivery. Esse hábito deve se manter, podemos dizer que o comportamento do consumidor tende a ser híbrido daqui para frente.

Folha – Com o desemprego e a inflação em alta, o poder aquisitivo do brasileiro despencou. O senhor acredita que isso irá afetar as vendas de ovos este ano? Have-rá opções para todos os bolsos?

Ubiracy – A Abicab não fala sobre expectativa de vendas. Como estamos entrando no terceiro ano da data com o cenário de pandemia, as indústrias já possuem planejamentos dentro das restrições causadas pela Covid-19. Inclusive, o próprio consumidor se adaptou a diferentes formas de compra e consumo. 

   Além disso, as indústrias estão sempre procurando trazer novidades e inovações para os consumidores, acompanhando muito de perto a evolução do perfil do público-alvo e mudança de comportamento para atender suas preferências e necessidades.

   No que tange às vendas, cada empresa possui sua estratégia. A produção da Páscoa de 2022 ainda está em andamento. Já com relação a 2021, as indústrias produziram cerca de 9 mil toneladas de produtos de Páscoa. 

   Vale destacar que o Brasil possui uma das maiores Páscoas do mundo. Temos uma indústria consolidada e tecnológica, que tem oferecido inovações e produtos de qualidade, preparada para atender a demanda.  São muitos os fatores que influenciam na composição final do preço praticado nos canais de venda. Entretanto, a Abicab não responde pelo varejo e nem possui controle sobre a precificação de produtos.

Folha – A adoção do home-office e o crescimento do e-commerce impactaram diretamente a geração de empregos no setor? Para a Páscoa deste ano, quantos empregos serão gerados?

Ubiracy – O setor gerou 8,5 mil empregos temporários para a Páscoa deste ano. Conforme citado anteriormente, ressaltamos que o varejo tradicional ainda é um dos canais mais relevantes para a indústria, não gerando um impacto direto nas contratações temporárias. 

Folha – O que o consumidor pode esperar da Páscoa 2022?

Ubiracy – Podemos esperar uma ampla variedade de produtos para o atendimento dos diversos perfis e necessidades dos consumidores, incluindo opções em diferentes tamanhos, linhas zero lactose, zero açúcar, amargo, meio amargo, ao leite e, claro, aposta em embalagens para presentes.