Há muito tempo havia um Sábio que espalhava gentilezas naquela aldeia. Muitos o questionavam sobre diversos assuntos. Um homem perguntou:
-Senhor, Existe uma coisa na natureza que não há razão de ser.
-E o que é meu filho?
-É o horizonte, pois, se eu caminho dez metros ele se afasta de mim, se caminho 100 metros ele fica mais distante, se ando um quilômetros, ele vai se afastando. Pra que, então, existe o horizonte mestre?
-Mas é justamente para isso que o horizonte serve, meu filho… Para fazê-lo caminhar.
O próximo da fila era um viajante que viera de muito longe: -Mestre, de onde venho só tem pessoas mau-caráter e sem educação. Qual o tipo de gente que posso encontrar neste vilarejo?
-As mesmas que habitam o local de onde você saiu.
O outro perguntou: – Eu venho de um lugar onde as pessoas são boas, respeitosas e alegres, qual é o tipo de pessoas deste povoado, mestre?
-As mesmas que você encontrou por lá.
E os dois indagaram como era possível dar a mesma resposta para perguntas diferentes, eis que o Sábio sentencia: -Cada um carrega no seu coração o meio ambiente em que vive. Aquele que nada encontrou de bom nos lugares onde passou, não poderá encontrar outra coisa por aqui. Aquele que encontrou amigos ali, também os encontrarão aqui. Todo homem é um milagre e traz em si uma evolução. O próximo na fila era alguém com muita inveja do sábio e estava ali para insultá-lo. Falou palavras de baixo calão, ameaçou batê-lo e foi embora. O Sábio manteve-se imóvel o tempo todo e perguntou ao povo: -Senhores, se alguém chega até vocês com um presente, e vocês não o aceita, a quem pertence o presente? E então responderam: -A quem tentou nos entregar, Mestre.
-Pois bem, continuou o sábio -O mesmo vale para a raiva e os insultos. Quando não são aceitos, continuam pertencendo a quem os carrega. Vossa paz interior depende exclusivamente de vocês. As pessoas não podem lhe tirar a calma. Só se vocês permitirem.
Cada um encontra na vida exatamente aquilo que traz dentro de si. O presente e o futuro somos nós que criamos”. – autor desconhecido
