Tarcisio: “Não sou o candidato de um partido, sou o candidato de uma coligação de 15 partidos”
Política

Tarcisio: “Não sou o candidato de um partido, sou o candidato de uma coligação de 15 partidos”

Tarcisio Secoli, secretário de Coordenação Governamental de São Bernardo, e pré-candidato do PT à prefeito da cidade, em entrevista exclusiva, revelou que essa eleição será muito diferente das outras, devido ao cenário nacional, porém, que “há um grande trabalho feito pelo prefeito (Luiz Marinho), um reconhecimento da cidade e nós não estamos discutindo o Brasil, o próximo prefeito tem que tocar as coisas da cidade”. O secretário ainda forneceu um panorama completo sobre as obras do Programa Drenar, que estão perto de chegar, na sua totalidade, na conclusão final.
Sobre as eleições, Tarcisio reconhece que não é o candidato mais conhecido entre os três pré-candidatos a prefeito na cidade, seus adversários são o deputado federal Alex Manente (PPS) e o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), porém acredita no bom trabalho realizado pelo prefeito Luiz Marinho na cidade. “Estamos fazendo o Orçamento Participativo nos bairros e é impressionante como não há reclamação da Saúde, nem Educação, isso era forte nos outros anos. Nas UPAs, em 2015, foram mais de 100 mil atendimentos”. Foi enfático ao dizer que não irá resolver a inflação, o desemprego, nem corrupção da Petrobras, pois, “isso não é papel do prefeito. O prefeito tem que resolver os problemas da cidade e das pessoas que aqui moram”.
E ainda que apesar das últimas pesquisas eleitorais apontarem vantagem para seus adversários, isso não significa que as pessoas têm voto definido. “Se as pessoas tivessem definido que queriam o Orlando ou o Alex eles não teriam só 24%, 26% nas pesquisas, teriam disparado, então, me parece que a cidade já que os conhece bem sabe também que não estão preparados para fazer a gestão, a impressão é que as pessoas não reconhecem nesses dois, qualidades para serem os próximos prefeitos. As pessoas os conhecem, mas, não estão optando em votar, isso é um problema para meus adversários, não é um problema para mim”, disse.
Secoli disse que até pode sofrer rejeição por estar no PT, mas, que não é o candidato de um partido. “Sou o candidato de uma coligação que tem, hoje, 15 partidos e mais de 350 vereadores, contando com os pré-candidatos”.
Sobre a pré-campanha, Tarcisio disse que têm trabalhado nos bairros, onde há historicamente, mais penetração do PT, onde o partido foi mais bem votado, porque há maior potencial de voto. “Não estou dando exclusividade às agendas, estou priorizando. A partir daí, também iremos entrar nos outros bairros e trabalhar”, afirmou. Sobre a questão financeira e de apoiadores para a campanha, afirmou que a legislação não permite financiamento público nem privado. “Fizemos um almoço de arrecadação e estamos trabalhando com ele e alugamos um comitê, nome do PT. Quem está me ajudando, já que não tenho nenhum funcionário contratado, são os quatro deputados da cidade, Ana do Carmo, Barba, Luiz Fernando (estaduais) e Vicentinho (federal),  e cada um deles está trabalhando em São Bernardo para eles, e com isso, já estão me ajudando também. Trabalhamos muito em 2014 e não foi à toa, temos uma boa base para nos dar capilaridade para chegarmos onde precisamos”, revelou.
Sobre o vice, Tarcisio afirmou que não há ainda um nome mais cotado para ser indicado. “Estamos conversando muito, internamente, mas, não temos fechado nenhum nome. Temos que ver se é alguém que já está na política, se é alguém de fora da política, de outro setor, seja empresarial, religioso, que possa vir e somar muito. Iremos fechar isso, na convenção, que, provavelmente, acontecerá no dia 5 de agosto”, contou.

 

 

PROJETO DRENAR

São cinco grandes obras: Centro, Ipiranga-Vivaldi, Pindorama-Jordanópolis, Capuava (Demarchi) e Saracantan. Segundo Tarcisio, a obra do Demarchi está pronta; no Ipiranga-Vivaldi, há um pequeno trecho antes do Tanque das Mulatas, de uma parte que é não destrutiva e já está sendo concluído. “Isso representa menos que 2% do total da obra, então, está praticamente pronta. Trata-se de uma área de segurança que os engenheiros nos pediram para fazer e estamos terminando”, afirmou. No Pindorama, a obra está em andamento. “Vamos até julho, pelo menos, estamos com duas frentes de micro drenagem na Rua Padre Anchieta, próxima ao supermercado O Dia, e a outra é na Rua Aidê, próxima à igreja. Há outras duas frentes de obras, entre a Avenida São Paulo e a Rua Vítor Meireles e entre as Ruas Delmiro Gouveia e Vítor Meireles, fazendo a canalização do rio e nós terminamos a pavimentação de uma parte importante da Av. Padre Anchieta, das Ruas Araraquara e Pindorama. Não serão feitos juntos, serão feitas na sequência, ou seja, não é simultâneo”, disse o secretário. Já a obra de Saracantan, segundo Tarcisio, é muito complicada, pois, a empresa está em recuperação extrajudicial. Conseguimos fazer alguma coisa, conseguimos pagar, daí eles conseguem voltar e fazer mais alguma coisa. Nós liberamos a ponte próxima ao Mercado da Vó, que tinha sido substituída, porque o rio tinha alargado. Estamos fazendo lentamente e gradativamente, então, essa obra não tem a menor previsão de quando vai poder ficar pronta”, enfatiza. A obra do Centro está na fase importante que é a entrada da água do piscinão. “O túnel da Av. Jurubatuba está andando adequadamente, estamos com três frentes de trabalho, 24h por dia, exceto aos domingos. Essa obra (parte do túnel) irá ficar pronta até dezembro. O secretário conta que Marinho acertou um empréstimo internacional, que deve sair até o começo de julho. “Isso será o suficiente para retomarmos essa parte do próprio piscinão (do buraco em si), porque a parte de saída está praticamente pronta.”, contou. Tarcisio ainda disse que faltará finalizar o piscinão. “O problema é que o governo estadual não honrou com o compromisso assumido,  de mandar os R$ 50 milhões para essa obra. Até agora, não recebemos nada. Dá para terminar a obra toda até o dia 31 de dezembro, mas, os recursos financeiros têm que chegar”, revelou.