Teremos máquinas inteligentes e homens imortais? (final)
Opiniao

Teremos máquinas inteligentes e homens imortais? (final)

Não teremos de passar horas, sentados diante de um desktop, pois os computadores estarão distribuídos e difusos no ambiente. Seus monitores serão substituídos por projeções sobre nossas retinas ou sobre uma tela virtual que flutua no ar.
Pessoas com mais de 50 ou 60 anos poderão fazer uma reforma geral e rejuvenescer. Os cientistas serão capazes de multiplicar nossas células e com elas formar tecidos ou mesmo órgãos inteiros, introduzindo-os em nosso corpo, sem qualquer cirurgia invasiva.
Problemas no coração? Kurzweil tem a solução: “A nova medicina será capaz de criar novas células do coração a partir de células da pele para depois introduzi-las em nosso sistema circulatório. Com o tempo, o próprio coração poderá ser totalmente substituído. E o resultado será um coração novo, rejuvenescido com seu próprio DNA.”
A evolução das máquinas inteligentes será extraordinária. Assim, por volta de 2025, um computador de US$ 1.000 terá um poder de processamento mil vezes superior ao do cérebro humano. Em 2035, diversas formas de inteligência não-biológica alcançarão os níveis sutis da inteligência humana. Por outras palavras, o computador se tornará cada dia mais inteligente.
O cérebro humano, por sua vez, poderá trocar informações com computadores, bancos de dados e demais sistemas de tecnologia da informação. Em 2045, o poder dos computadores será um bilhão de vezes superior ao do cérebro humano.
Com outros visionários, como Peter Diamandis e Vint Cerf (do Google), Kurzweil fundou a Universidade da Singularidade, (Singularity University), com sede em Moffett Field, na Califórnia. Embora não reconhecida oficialmente, essa universidade se propõe “educar, inspirar e incentivar os lideres a utilizar tecnologias exponenciais para enfrentar os maiores desafios da humanidade.” Essa universidade tem filial no Brasil.

Como ele prevê?
Ray Kurzweil diz que seu método de antecipar o futuro nada tem de ficção científica. “O que faço é simplesmente olhar para trás e medir o progresso computacional obtido pela humanidade ao longo do último século e, a partir daí, projetar a mesma linha de progresso para o futuro próximo. Assim, concluo que atingiremos um ponto em que a inteligência humana simplesmente não poderá sequer acompanhar o progresso dos computadores”.
Kurzweil prevê que a inteligência não-biológica terá acesso ao seu próprio projeto original e será capaz de evoluir, como numa atualização automática de software: “Por trás de tudo isso estará a supercomputação. Um pré-requisito para o desenvolvimento da inteligência não-biológica será a engenharia reversa aplicada à inteligência biológica e ao próprio cérebro humano. Esse procedimento fornecerá ao cientista uma espécie de caixa de ferramentas e de técnicas que poderão ser aplicadas nos computadores inteligentes”.
O avanço tecnológico no século 21 não será de apenas 100 anos, mas algo equivalente a 20 mil anos. Ou mil vezes o que conseguimos progredir no século 20. Preparem seus netos para esse novo tempo.