Texto sem nome
Opiniao

Texto sem nome

22/02/14

Eu tenho razões muito sérias para pensar que a insegurança, esta padronização global da mente humana, a acomodação e repetição, infelizmente substituíram os sonhos do ser humano, sua coragem, fé, motivação, criatividade,  ânsia de saber e suas paixões/força criadora! Há, soberano, um “paraíso artificial” composto por cápsulas, redes sociais, espetáculos e compras desvairadas, que, diuturnamente, envolvem uma grande camada da sociedade, e, neste universo muitos se refugiam. São os desertores das responsabilidades, os descrentes de si mesmos e os perturbados por males espirituais, pois o oposto de Deus aí está em toda parte, tentando os humanos para que percam suas almas. O preço, o valor imenso da vida humana está inflacionado. A classe média vive ansiosa por pertencer a alguma esfera social sempre mais alta, e isto exige que o cidadão mediano compre mais do que necessita, gaste mais do que consegue ganhar e não se adeque a sua situação real, o que gera conflitos com os filhos e dê a esses filhos, ilusória noção de que “estão por cima”. Os sensatos sabem que estar por cima, na verdade é ter a paz, uma vida saudável e um coração feliz. E nesta paz que cito, estão: uma moradia decente, um emprego agradável, um bom  atendimento de saúde, um comer bem, e, no topo, uma condição mental /cultural, proporcionada por uma educação de escola. Acho que o que leva o cidadão a camuflar, empanar a realidade é o medo. Ah! O medo humano: como na canção do Conjunto “Capital Inicial”: “medo de não conseguir dinheiro pra comprar, sem se vender”. Ou como diz Drummond: “o medo que esteriliza os abraços …, o medo dos ditadores, o medo dos democratas…, o medo da morte e o medo do depois da morte”. É esse medo da vida incerta, nos rumos conturbados e insensatos dos que detêm o poder hoje em toda a Terra; medo de si mesmos, medo de não ser e de sofrer… O medo de perder o elo com nosso passado/criança cheio de esperança colorida e segurança paterna. As políticas e a mídia de massificação, determinadores do modo de pensar das “sociedades civilizadas”, do modo de agir de todas as camadas sociais de hoje, proporcionam  a produção em massa de corpos, de mentes, de aparências e medos. (E cada ser humano é único). Produção em série de música de má qualidade, de encontros alucinantes de shows que tiram os jovens da sensatez, pelo apelo dirigido à  luxúria, sexo desvirtuado, e, claro a costumeira procura pelas drogas que os mantenham acesos por horas de desvario! Esta ditadura do mau gosto, do excesso de consumo, da busca do prazer no supérfluo, este sistema de pensamento maciço e anestesiado por substâncias psicoativas, mídias comerciais e bens de consumo que não duram e não preenchem a real e profunda necessidade dos humanos, hão de “cair de moda”, como tudo, quando chega ao fundo do poço! Vamos sair dessa onda de descontentamento, pois a natureza genuína do ser humano não é esta! Aqui vai meu humilde mas sincero  apelo aos pais dos adolescentes de hoje: ajudem seus filhos a sair desta onda má, perversa que está contaminando as sociedades. No momento, abola está nas mãos dos gover-nantes e dos pais: “amor + vigilância + energia”. Eis a simples e esquecida receita. Que Deus poderoso nos ajude a todos! Até!

Glorita Caldas é professora e consultora da LAC Consultoria, e-mail: glocaldas@uol.com.br