Todos os livros do mundo numa memória de DNA
Opiniao

Todos os livros do mundo numa memória de DNA

03/05/14

Não é ficção nem delírio. Por volta de 2020 poderemos armazenar o conteúdo digital de todos os livros já publicados no mundo numa ampola ou chip feito com alguns gramas de DNA. Há menos de um ano, pesquisadores da Universidade de Harvard conseguiram armazenar mais de 700 terabytes de informação em apenas um grama de DNA.
Com essa capacidade sempre maior de armazenamento de dados, o custo por unidade de informação se torna cada dia mais barato. Tudo isso garante um futuro brilhante aos Data Centers e à Computação em Nuvem.
Voltemos agora ao passado e façamos um pequeno retrospecto da evolução das memórias de estado sólido (em pastilhas de silício).
l  O primeiro chip de memória de um 1 KB ou quilobyte surgiu em 1970.
l  Quinze anos depois, em 1985, vieram os chips com capacidade de 1 MB ou de 1 Megabyte, uma capacidade de armazenamento 1.000 vezes maior.
l  Mais 15 anos, no ano 2000, outro salto de 1.000 vezes na capacidade de armazenamento e surgem as memórias de 1 GB ou 1 Gigabyte;
l  Em 2010, outro salto de 1.000 vezes e chegam as memórias de 1 TB ou 1 Terabyte, que significa 1 trilhão de bytes.
Em 2015, meus amigos, teremos os primeiros pendrives de 2 e 4 TB (terabytes) em primeiras pastilhas de silício.
l  Apenas para relembrar: com uma memória de 1 TB, você poderá armazenar o conteúdo de 30.000 livros em seu tablet.
l  Depois de 2020, o mundo terá diversos tipos de memórias de altíssima capacidade, tanto de silício como de proteínas, capazes de armazenar mais de mil Terabytes, ou seja, um Petabyte. O equivalente a 1 quatrilhão de bytes.
Se você for ao Laboratório de Almadén, da IBM, na Califórnia, você verá, logo no hall de entrada do edifício, um exemplo do que era o primeiro sistema de armazenamento em disco, o IBM 350, lançado pela empresa em setembro de 1956. Ele não armazenava mais que 1 Megabyte e custava mais de 500 mil dólares. Hoje, para se ter uma ideia da evolução das memórias, meu HD interno de meu desktop armazena 6 TB (terabytes) – o que significa 1 trilhão de vezes mais do que aquele brucutu pioneiro da IBM.
Meu iMac, com 16 Terabytes de memória de armazenamento total, interna e externa, tem uma uma capacidade 10 vezes superior à que a NASA tinha quando levou o primeiro homem à Lua em 1969.

Ethevaldo Siqueira é jornalista especializado em telecomunicações e professor universitário, e-mail esiqueira@telequest.com.br