Um passeio ao Sabina
Opiniao

Um passeio ao Sabina

23/06/2012

O Sabina Parque Escola do Conhecimento é um local em Santo André onde inspira cultura e expira ciência. Resultado: práticas do conhecimento.
Final de semana último fui com minha família nesse lugar. Parei o carro no estacionamento e descemos. Pedro Henrique ficou com medo e chorou muito. Ele não gosta de lugares desconhecidos, tem dificuldade de enfrentar o que é novo, nem mesmo gosta de sair de casa, a não ser para visitar parente ou festa de amigo. Fato é que quando ele nasceu viu o mundo só pra ele, um ano depois percebeu que teve que dividir esse mesmo mundo com dois irmãos gêmeos, cujo carinho e atenção seriam dividos. Talvez o ciúme impere, mas fato é que quando temos algum trauma enquanto crianças, absorvemos isso para o resto da vida. É um menino saudável, honesto e educado.
Logo na entrada, um robô nos dá boas vindas. Sim, ele fala! Por comando de voz imagino, de maneira que, diante de um “Bom dia” a resposta é imediata: “Bom dia, meu nome é Piti como vai, tudo bem?” “E as crianças estão na escola?” “Quantos anos você tem?” O mais interessante é que ele não só pergunta, como também responde. As crianças adoraram. Seguimos para a área arqueológica, onde existe a única réplica de um esqueleto de um Tyrannosaurus Rex com 12,8 metros de comprimento, além de um outro gigante da antiguidade, um Cetossauro que é um robô que se movimenta e emite sons; e também há Pretossauro que são aqueles pássaros esquisitos que voavam à época.
Daí fui com minha filha conhecer a boneca Nina. Lorenzo e Pedro ficaram com a mãe. É uma boneca com doze metros de altura. Como um alimento, passamos pelos diversos compartimentos do sistema digestório até o fim dos intestinos. Não fui no simulador de vulcões, furacões e terremotos, pois a fila estava imensa. Segui para o pinguinário onde os pinguins de Magalhães ficam eufóricos com tantas pessoas atrás do aquário. Eles devem pensar “Por que existem um monte de gente atrás desse vidro só pra nos ver? Será que somos tão bonitos assim”? De fato. E também diferentes, além de pequeninos.
Sabina é a concretização material de uma idéia pedagógica que transcende o ensino formal e responde a um dos maiores desafios da educação contemporânea, e por isso memso fomos explorar o andar de cima, onde os motivos científicos incentiva as habilidades cognitivas a nunca parar de aprender. Tentei fazer a “Torre De Hanoi” que é um quebra-cabeça que consiste em uma base contendo três pinos, em um dos quais são dispostos alguns discos uns sobre os outros, em ordem crescente de diâmetro, de cima para baixo. O problema consiste em passar todos os discos de um pino para outro qualquer, usando um dos pinos como auxiliar, de maneira que um disco maior nunca fique em cima de outro menor em nenhuma situação: é a capacidade de memorização do trabalho, planejamento e solução de problemas. Com a ajuda do auxiliar do Sabina, consegui concluir em meia hora – trabalhoso o brinquedo!
Por fim Fui ao planetário Johanes Kampler, o mais tecnologicamente avançado do Brasil. O Universo é tão complexo que, nem ao menos temos tecnologia suficiente para desbravar corpos celestes além Via-Láctea. É muito egoísmo acharmos que estamos sozinho no Espaço, já que não conhecemos a mínima parte dele. Fiquei maravilhado!

“Não importa o quanto você se importa, algumas pessoas apenas não se importam” – autor desconhecido.

guilherme.lazzarini@yahoo.com.br – Publicitário e Fotógrafo