Unipar tem colaboradores na quarta geração na empresa
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Unipar tem colaboradores na quarta geração na empresa

   A família Mobile, do ABC, tem uma relação especial com a Unipar, líder na produção de cloro e soda e a segunda maior produtora de PVC da América do Sul, está há quatro gerações com familiares trabalhando na empresa.

   Luiz Carlos Mobile, neto de Domenico Mobile, patriarca da família Mobile, trabalhou cerca de 24 anos com o pai, mas em setores diferentes. “Meu pai entrou na empresa em 1958 e se aposentou em 1996. Entrei em 1972 e me aposentei por volta de 2000. Estava com 18 anos, meu pai falou que havia uma oportunidade de trabalhar na empresa. Fui fazer o teste de seleção e passei. Fiz dois anos de curso, em 4 de janeiro de 1972 foi efetivado”, conta.

   O ex-coordenador também revela que seu pai ainda construiu o telhado das antigas Indústrias Químicas Eletro Cloro. “Iniciamos nas Indústrias Químicas Eletro Cloro. Meu pai foi quem construiu o telhado do galpão do sal, na década de 1950”, diz.

   Em 1976, Luiz Carlos teve a sua primeira promoção. “Saí de instrumentista para instrumentista A e, em 1986 fui promovido a contramestre, naquela época era contramestre que chamava, depois passou a ser supervisor, depois coordenador, e foi até a minha aposentadoria. Quando a manutenção passou para a central de manutenção da Acema, então fiquei mais dois anos como coordenador da instrumentação elétrica, e meu filho entrou logo após, ele fez o curso de operador químico, e entrou e está aí até hoje”, revela.

   Mobile tem lembranças muito boas do tempo de trabalho na empresa. “A gente tem uma lembrança muito grande, é uma lembrança muito saudável de contar a história da nossa família que começou em 1952 e está aqui até hoje, na quarta geração. Os meus tios também trabalharam na empresa, porque na época era uma indústria famosíssima, com uma credibilidade grande”, diz. “Todo mundo queria trabalhar ou na petroquímica ou na Indústria Química Eletro Cloro, porque se pagava bem, o salário era alto e por quê? Por conta da distância, não tinha asfalto, não tinha nada, o frio era intenso, as pessoas vinham morar aqui, para ficar perto da fábrica”, completa.

   Luiz Carlos diz que é muito grato à empresa. “Tudo que consegui, tudo que criei, minha família, tudo através dessa empresa, e com bastante conforto, muito excelente. As chances de você crescer eram muito grandes, te davam essa oportunidade”, destaca.

 

HÁ 28 ANOS NA EMPRESA

   O filho de Luiz Carlos, André Luiz Mobile, operador de processo, já está na Unipar há 28 anos. É a quarta geração da sua família. “Entrei no dia 14 de agosto de 1995. Meu bisavô, Domenico Mobile, foi carpinteiro, meu avô, Vitalino Mobile, operador de processo. Meu pai, Luiz Carlos, supervisor da instrumentação”, conta.

   André revela que sua relação com a empresa começou quando ainda estava no ventre de sua mãe. “Minha história com a empresa começou no ventre da minha mãe, porque em todas as reuniões de família só se falava da fábrica, e fui crescendo ouvindo, mas nunca imaginei estar aqui dentro”, diz.

   Em 1995, André entrou para trabalhar na empresa. “Em 1990, iniciei um curso de técnico eletrônico. Junto fiz o curso de operador de processo. Quando terminei, meu pai trouxe meu currículo e, em 14 de agosto de 1995 entrei na produção PVC. Meu pai trabalhava aqui, depois de um ano, passei para operador de turno e comecei a trabalhar junto com meu pai. Mas, antes, quando trabalhava em cargo administrativo, vinha junto e ia embora com meu pai. Então, quando virei operador de turno, liberava o serviço junto com meu pai”, conta.

   O operador de processo revela que Solvay-Unipar marcou a sua vida. “A minha história na empresa é muito rica, marcou a minha vida. Os valores são do meu pai e o que tenho, hoje, é através da Solvay-Unipar. Minha família é meu alicerce e o que sou hoje é por conta do meu pai. É muito emocionante estar na quarta geração”, diz. André finaliza: “Amo essa empresa e a minha dedicação é ao nome da família Mobile, que é um legado. Todos entraram e se aposentaram. Espero também poder seguir o mesmo caminho”.

 

OUTRAS HISTÓRIAS 

Marcos Alberto de Moraes, atua há 24 anos no setor de manutenção na Unipar em Santo André, sendo os 11 anos mais recentes como funcionário próprio da unidade. Mas, há duas décadas, com certeza não acreditaria se um dia alguém dissesse que a filha que nasceu três dias antes que ele começasse a trabalhar na empresa 24 anos depois seria sua colega de trabalho. Hoje, tem a felicidade de compartilhar mais este lado da vida com sua filha, Brenda Silva de Moraes, analista de controle de produção na Unipar Santo André.
“É muito gratificante ver que ela seguiu os meus passos, se empenhou nos estudos e hoje é essa mulher inteligente, dedicada e simpática”, afirma Marcão, como gosta de ser chamado. Aliás, a simpatia faz parte do legado que o pai diz transmitir para sua filha, especialmente no ambiente de trabalho. “Quando eu soube do processo para Jovem Aprendiz, perguntei se ela queria e logo ela se inscreveu. Foi chamada para as entrevistas e todos só ficaram sabendo que era minha filha quando ela já estava aqui. A única dica que eu dei foi: seja simpática e solícita. Acho que deu certo” conta o pai orgulhoso.

 

Clayton Vieira Ramos  atua na área de PVC da Unipar e está na companhia há 23 anos. Tem orgulho em falar sobre sua relação com o pai e como sempre foi sua fonte de inspiração. “Eu tinha o sonho de ser meu pai, ele é meu herói. Lembro de morar em uma casa no alto e de lá ver o ônibus do meu pai passando na rua, ali já sabia que ele estava chegando e corria para recebê-lo. Se eu chegar a ser 1% do que ele é e foi aqui eu já estou super feliz”, diz o filho emocionado.
O pai, Adalton Magno Moraes Ramos, também atuou no setor de PVC da unidade por 32 anos. Aliás, também seguindo os passos de seu pai, Francisco Moraes Ramos. Hoje, Adalton diz sentir gratidão por tudo o que conquistou como fruto do seu trabalho e orgulho da trajetória do filho. “Ele sempre foi atrás da própria capacitação, o que eu fiz foi orientar e dar exemplo. A gente só quer o bem para nossos filhos e, se eu recomendei que ele viesse trabalhar aqui é porque sabia que era o melhor lugar que eu conhecia. Sabia das oportunidades e que ele tinha muito a oferecer” afirma. Hoje, o filho já superou o pai e é supervisor da mesma área e empresa que foram temas de conversas em família por tantos anos.

Foto: Divulgação