Varejistas adotam medidas para competir com e-commerce asiático
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Varejistas adotam medidas para competir com e-commerce asiático

Afetadas pelos sites estrangeiros, que podem trazer mercadorias com isenção de tarifa, as grandes varejistas têm adotado estratégias para tentar aumentar a competitividade. Redes como Renner,Riachuelo, a Soma (donas das marcas Hering e Farm), Petz e Magazine Luiza estão na fase de estudos e desenvolvimento de plataformas que irão oferecer produtos de lojas internacionais.

O foco é a importação de produtos de países do Mercosul, como Paraguai e Uruguai, com a intenção de obterem isonomia tributária em relação aos sites asiáticos, com isenção do Imposto de Importação.

O grupo Soma lançará um e-commerce no Uruguai, onde venderá produtos importados da China para o Brasil. Os itens asiáticos serão importados pelo marketplace, que poderá vendê-los no mercado brasileiro dentro do modelo “crossborder” (transporte de produtos entre países diferentes).

A Renner já tem produção no Peru e no Paraguai, onde utiliza algodão dos países para fabricação de roupas e deverá aumentar o envio de itens desses países ao Brasil.

Enquanto as varejistas buscam alternativas para se manterem competitivas, a Shein avança sua produção no Brasil e chega a 336 fábricas parceiras em 12 estados.

A varejista chinesa visa a expansão da produção nacional, com meta de chegar a 85% da produção 100% brasileira até 2026.

Segundo estudo do BTG Pactual sobre o varejo de moda no Brasil, os preços oferecidos pela Shein são, em média, 26% mais baratos que da Renner, 22% abaixo do preço da Riachuelo e 17% inferior aos praticados pela C& A. Segundo levantamento do BTG, a Shein vendeu R$ 7 bilhões no Brasil em 2022.