15/12/12
Todas as pessoas no mundo buscam a felicidade. No inicio, logo após o nascimento, elas entram no mundo das experiências e tem dentro de si a semente da felicidade. Assim como qualquer semente ela precisa ser regada e cuidada para que cresça e floresça. Nos primeiros tempos de vida o instinto de sobrevivência prevalece e a luta principal é pela continuação da espécie. Ninguém quer interromper o processo da vida por isso temos medo de morrer. O medo de morrer nos protege e é a base de todos os medos. Ele é tão necessário á sobrevivência quanto comer e beber.
Sem ele seríamos como loucos desenfreados e provavelmente nossa espécie teria desaparecido. Acontece que aprendemos a encarar o medo (e outras emoções consideradas negativas), como ameaças ao nosso sucesso. É comum ouvirmos: “não tenha medo, faça o que tem que ser feito”; “homem não chora”; “perdoar é para os fracos”; “a tristeza é ruim”. Desta forma, com este padrão de crenças, a tendência é fugir destes sentimentos, tentar não senti-los colocando uma pedra sobre eles. Podemos agir desta forma mas as emoções acumuladas se transformam em calor que agride os órgãos vitais gerando doenças.
Acredito que a busca pelos artifícios que alteram os padrões mentais e o estado de espírito como bebidas alcoólicas, fumo, drogas, muita comida, jogos, etc, é uma forma de fugir das emoções consideradas negativas. É mais fácil tomar uma bebida do que assumir que precisa perdoar.
As emoções precisam ser expressadas dentro de um certo equilíbrio gerenciadas pela razão. A crença de que temos que fugir das emoções negativas nos coloca diante de um desafio. Seriamos capazes de reprimir os movimentos naturais sem sofrer as conseqüências físicas e psíquicas desta repressão? A experiência ao longo dos séculos mostra que não, basta vermos o desenvolvimento das diversas patologias existentes, todas elas com componentes físicos e psíquicos.
Neste ambiente conflituoso onde as forças internas estão sendo mal canalizadas fica difícil sentir felicidade. Podemos no máximo sentir alguma alegria passageira. O amor e a felicidade são as únicas realidades.
A felicidade é um processo gradual de despojamento e desconstrução dos componentes psíquicos, incluindo as crenças e maus comportamentos estimulando a consciência no Amor.
Aprenda a aceitar as emoções e aproveitar o potencial que cada uma tem. Saiba que uma emoção sempre atrai a sua contrapartida como forma de compensação e o equilíbrio entre essas emoções opostas é que faz o caminho da felicidade.
Prof. Almir de Carvalho é especialista em acupuntura pela Universidade de Beijing (China), pós graduado em yoga pela FMU
