22/09/12
As pessoas, nós todos, pensamos que nos conhecemos. Premissas enganosas nos fazem chegar a conclusões que achamos lógicas e convenientes. O ser humano é, em geral, astuto (não sábio), adora rótulos e citações filosóficas como se isto determinasse nossas verdades. Por longos anos, desde a infância, fomos bombardeados com mentiras, hipocrisias, jogo de esconde-esconde com a realidade, até a mais evidente. Acabamos por adotar esta postura, achando que precisamos ter um “retrato” de nós mesmos, muito bonito, apresentável, que fará com que as pessoas nos admirem e nos aceitem. Ninguém sabe quem é, até que, subitamente, surja o momento da revelação, o momento inesperado, que nos pega de surpresa que não nos dá tempo de vestir a máscara apropriada para cada situação. Daí surgimos nós, genuinos, verdadeiros, impossível de nos esconder atrás de estereótipo tais como: “sou ético/a, sou honesto/a, ajudo as pessoas, sou educado/a, sei escolher amigos e amores, gosto de transparência nas minhas atitudes, e bla+bla+bla”- assim a gente pensa e quer fazer os outros pensarem que somos. Mas virá, para todos nós, a hora de provarmos a nós mesmos que não sabíamos antes as verdades sobre nós, as quais só aparecem em momentos relâmpagos, que surgem na vida de todos e temos de agir sem pensar, sem ensaiar. Ações, decisões rápidas nos mostram como mentimos por anos a fio, sobre nossa verdadeira identidade, nossa personalidade, nossos desejos íntimos e nosso caráter. Teste rápido: se você está em um lugar e vê que alguem está se afogando, o que você faz? Se vê alguém caído na rua, pedindo ajuda e os passantes indiferentes, o que você faz? Se um parente seu está em dificuldades e lhe pede socorro urgente qual sua reaçaõ? Você passa por cima de tudo para defender uma criança? um idoso, e até um animalzinho indefesos, mesmo que desconhecidos? Você escolhe seu parceiro/a, sua profissão, sua moradia por premissas falsas construidas ao longo da sua vida? Passam os anos, aquela insatisfaçao indefinida instalada em você, cresce. Você conhece outras pessoas, outras situações, outros lugares e percebe que não se conhecia nada e convivia mal com o “falso você”. Percebe que não consultou seu coração, não se conheceu e se depara com tantas surpresas! Tomar a atitude de começar de novo, de fazer drásticas mudanças, só dependem do “você verdadeiro”. Você tem coragem de se encontrar?
Um grande abraço e “Até!”
Glorita Caldas é professora e consultora da LAC Consultoria, e-mail: glocaldas@uol.com.br
